domingo, 23 de agosto de 2015

“Somente com um apertar de botão”



Por onde anda aquelas caixas de sapatos que nossas mães, avós guardavam carregadas de fotos para mostrar aos parentes que moravam distantes, uma visita de família ou simplesmente qualquer visita que passasse mais de dez minutos em nossa casa? Foram substituídas por uma pastinha minúscula no computador com o nome: “fotos da família”, “Família do Zé”, “Fotos”, “Passeio à Praia”, “Viagem à São Paulo”, “Férias” etc. Os eventos solenes marcados para tirar fotos foram substituídos por selfs e difundidos de forma imediata nas redes sociais. Como uma forma particular de comunicação, alimentados pela necessidade de compartilhar o momento vivido em pequenos instantes.

Da câmera analógica à revolução de um clique de um aparelho na palma da mão. Os celulares estão em toda parte. A fabricação em massa desses aparelhos possibilitou a inclusão de pessoas com acesso à fotografia, antes restrita apenas aos profissionais, hoje domesticada pela chegada de aparelhos de fácil manuseio, edição e principalmente a difusão da imagem. A fotografia tornou-se cotidiana, uma representação dos bons momentos vividos.

A fotografia sempre esteve relacionada com a inovação tecnológica, além dos registros que foram e continuam sendo importantes para a história do mundo, ser um tipo de manifestação artística, ela também passou a transformar momentos especiais em relíquias memoráveis.

Durante o século XX, a utilização da fotografia já era uma das principais formas de informação em jornais. Daí a necessidade da mudança nos aparelhos fotográficos, já que os aparelhos enormes eram um incômodo para os fotojornalistas, foi aí que as grandes empresas decidiram investir no avanço tecnológico dos aparelhos. Atualmente, pode-se capturar fotos em celulares e com funcionalidades avançadas, o que gera ainda um pouco de preconceito com fotógrafos amadores, devido a manipulação de efeitos e programas que modificam as imagens e retiram o tom natural da fotografia em si.

A fotografia é uma forma de registro e construção de memória, enquanto função social. Pois as lembranças de forma individual e coletiva podem ser apagadas se não forem registradas.

Hoje a fotografia assume um papel estético e artístico afim de captar o belo, para representar e relembrar os acontecimentos vividos. Outras como forma de arte, impactar, causar sensibilidade, usar cores, formas e estilos é o que tem estado presente atualmente

Fotografar: uma tecnologia da alma!

Em 1826 o francês Joseph Niérce, conseguiu capturar a primeira imagem por meio da luz do sol, onde contou com a ajuda de uma placa de estanho que ficou exposta ao sol durante 8 horas seguidas. Ele conseguiu tal feito, talvez porque quisesse transmitir algum sentimento com aquilo, alegria quem sabe. Com o passar do tempo as técnicas para fotografar foram se modernizando e as primeiras máquinas fotográficas populares passaram a ser comercializadas em 1888. Esta máquina permitia tirar 100 fotos e se quisessem revelá-las a bobina devia ser apresentada.


A primeira câmara digital demorava 23 segundos para formar a imagem. Nos dias de hoje esses 23 segundos se tornariam longos anos na eternidade por conta da correria da vida, que busca rapidez e eficiência.

Nas tão acessadas redes sociais como o Facebook e o Instagram, milhões de fotos são publicadas diariamente (cerca de 250 e 5 milhões respectivamente).

O fato é que o contato das pessoas com a fotografia está cada vez mais intensificado e se for para existir algum culpado por isso, culparemos o amor. Isso mesmo! ... Tomando por base uma pesquisa feita por Arthur Aron, professor de Psicologia da Universidade de Nova York, depois de explorar o cérebro de 15 voluntários com ajuda de ressonância magnética, concluiu que ver a fotografia da pessoa amada reduz a dor 44% em sua freqüência.

Ah... O amor explica tudo!


A fotografia comemorada mundialmente

O dia mundial da fotografia é comemorado anualmente no dia 19 de agosto, desde 1839, mas foi em 1837 que Louis Daguerre desenvolveu um processo fotográfico que permitia fixar uma imagem a partir de processos químicos, dando o nome de "Daguerreótipo" à invenção, que dois anos depois ganhou uma classificação na Academia Francesa de Ciências, e desde então a fotografia tem um dia celebrado em todo o mundo.

Em virtude do dia mundial da fotografia, a Casa da Cultura de Sobral recebeu na última quarta-feira (19), a exposição "Percepções" que reuniu fotografias de Alex Costa, provando que um ensaio vai muito além do uso da técnica, mas sobretudo, o uso da sensibilidade pelo artista. Não para apenas mostrar, mas causar, impactar no observador a sensibilidade.

Exposição "Percepções", em Sobral.
Foto: Gisélia Silveira/ Blog Virando Pauta

Exposição "Percepções", em Sobral.
Foto Gisélia Silveira/ Blog Virando Pauta
Indo além dos selfies, Instagram.

Ainda comemorando a fotografia e suas evoluções, novas percepções, que neste tempo possamos ir muito mais além dos selfies, sair por aí com uma câmera ou com o celular mesmo tirando fotos de paisagens, de uma trilha de trem, de um gesto amigo. A proposta é essa: sair por aí, fotografar o belo, nos tornando artistas com um clique, por quê não?


A fotografia representando o belo

Foto: Karmecita Oliveira/ Blog Virando Pauta






Foto sem filtro, tirada de uma câmera de celular. 
(Litoral cearense. Praia de Lagoinha-CE)



Foto: Thais Menezes/ Blog Virando Pauta





Casal contemplando à vista da cidade de Sobral do alto da serra.
Foto sem filtro e tirada de uma câmera de celular.

("Pico Sinistro"/Meruoca- CE)











Foto: Thais Menezes/ Blog Virando Pauta


Foto sem filtro e tirada de uma câmera de celular.
(Estrada que liga Varjota-CE à Ipu-CE)









Foto: Ana Karine/ Blog Virando Pauta
                                                                                                                                                 



Foto sem filtro, tirada de uma câmera de celular com lentes "fisheye".

  (Rua da Estação, em Sobral-CE)



Foto: Ana Karine/ Blog Virando Pauta






Foto sem filtro, tirada de uma câmera de celular.
(Praia de Maceió/ Camocim-CE)










Foto: Gisélia Silveira/ Blog Virando Pauta




Pôr-do-sol é a coisa mais linda de ser fotografada. Da janela de casa.
Foto sem filtro, tirada de uma câmera semi-profissional.
(Morrinhos-CE)




Foto: Gisélia Silveira/ Blog Virando Pauta










Do jardim de casa.
 Foto sem filtro, tirada de uma câmera semi-profissional.
(Morrinhos-CE)

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