segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A evolução do Novo Jornalismo

https://blogprnewswire.files.wordpress.com/2014/04/a_evoluc3a7c3a3o_do_jornal_impresso_ao_jornalismo_digital.jpg


E como dizia Lavoisier “Na natureza... tudo se transforma” e no jornalismo não foi diferente. Não é possível definir um “Novo Jornalismo”, mas é possível mostrar aquilo que foi "novo" em contextos históricos.

A prensa móvel inventada por Johannes Gutenberg em meados de 1455 foi a revolução da escrita impressa, com grande circulação de notícias mercantis. Passou a circular jornais pelas cidades da Europa Ocidental. O primeiro jornal no Brasil foi em 1808.

O surgimento do telégrafo por volta de 1835 trouxe a possibilidade de comunicação em um tempo muito curto. Foi uma revolução no jornalismo. O telégrafo chegou ao Brasil por volta de 1852. A Guerra Civil Americana 1861 e 1865, trouxe ao jornalismo da época o que hoje conhecemos como “Lead”, o que corresponde ao primeiro parágrafo de uma notícia. Os repórteres precisavam passar as informações via telégrafo e tinham que ser rápidos, foi então que surgiu as perguntas básicas de uma matéria: “O quê? “Quando?” “Onde?” “Como?” “Quem?” “Por quê?”.

O aparecimento do rádio em 1896, com o italiano Gugliemo Marconi, revolucionou a comunicação à distância. Sua intenção era a substituição do telégrafo elétrico. As primeiras emissoras de rádio começam a surgir após a Primeira Guerra Mundial. E em 1920 começam a transmitir notícias lidas de jornais e músicas.

Na década de 60 surgiu uma necessidade de fazer “Novo Jornalismo”, New Jornaulism, que consistia ao que hoje sabemos como “Jornalismo Literário”. Autores que revolucionaram a forma de escrever jornalismo foi Truman Capote, com o livro “A sangue frio”. Gaye Taelese, escritor do The New York Times, foi um grande incentivador da reportagem aprofundada, escreveu vários livros que hoje são clássicos e definidos como livro-reportagem. Tom Wolfe em sua obra “Radical e Chique e o Novo Jornalismo” reúne seus principais artigos e o impacto do novo jornalismo nas redações.

A internet chegou e tudo se transformou. Na década de 90 aos dias de hoje vivemos uma evolução constante do jornalismo. É um novo que se reconfigura constantemente.

A internet trouxe a democratização de conteúdos. Os espaços vagos agora são preenchidos. E essa democratização traz consigo o jornalismo mais independente, investigativo, sobretudo, desprendido de uma ligação político-econômica. Um exemplo de jornalismo sério e independente, fruto do advento da internet, é a agência sem fins lucrativos de reportagens investigativas “A pública” (http://apublica.org/ ), onde repórteres fazem uma investigação sobre temas importantes para a sociedade.

Um novo que existe pelo contexto histórico no qual está inserido. Nada vai se perder, tudo irá se readaptar.






Nenhum comentário:

Postar um comentário