segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A obsessão pelos selfies, uma nova maneira de expressão


Foto: Gisélia Silveira/Blog Virando Pauta
“Selfie”, palavra de origem inglesa e com a tradução de autorretrato na língua portuguesa, é uma foto tirada pela própria pessoa, basta esticar o braço com a câmera direcionada para o rosto e clicar, que está pronto e já pode de ser compartilhado na internet, e em redes sociais.
O “selfie” pode ser considerado um instrumento do narcisismo, pois quando compartilhado em redes sociais, seguido de muitas "curtidas" e comentários positivos surge um sentimento de amor próprio ao eu, e a pessoa pode ser rotulada como egocêntrica.
Ao tirar a foto e antes mesmo de postá-la o protagonista da foto já possui a expectativa de ter muitos "likes" e de se sentir amado e admirado pelas pessoas. Acessórios foram criados para auxiliar na hora do autorretrato, o mais usado é o “Monopod ou pau de selfie”, um acessório fotográfico que se tornou muito popular no Brasil na segunda metade do ano de 2014, um monopé onde um bastão que faz uma simulação de um braço é usado para colocar o celular. Recentemente, pesquisas relatam que com o passar do tempo o "pau de selfie" ficará ultrapassado, dando lugar ao "drone de selfie".
E tudo isso é relacionado com a moda contemporânea, pois o selfie não é tão novidade e já foi usado por volta do século XX, assim como a moda que "recicla" elementos do passado, veio com maior importância na atualidade, por que vivemos na era das relações com redes sociais.

Foto: Thais Menezes/Blog Virando Pauta






Na geração da tecnologia, crianças de todas as idades já manuseiam celulares, tablets e iphones, assim como acontece com o público adulto ligado à tecnologia, as selfies também se tornaram as fotos preferidas para os pequenos.













Perigos da “SELFIE”

Uma campanha está sendo divulgada na Rússia, com o intuito de alertar os perigos da "selfie". A campanha teve início após o país registrar vários acidentes causados pela prática de tirar fotos ousadas, como por exemplo, dois jovens morreram após tentar tirar uma selfie segurando uma granada sem o pino, o celular “sobreviveu” para registrar o que aconteceu. Outro caso registrado, foi o da mulher que ao tentar tirar um autorretrato segurando uma arma, morreu após o revólver disparar acidentalmente.
          O ministério russo alerta para que as pessoas pensem primeiramente em sua própria segurança, e que uma corrida para quem ganha mais curtidas nas redes sociais, pode acabar em acidentes sérios e até em morte!



Rússia lança cartilha da selfie segura. 

(Foto: Divulgação)












Com informações BBC BRASIL

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Second Life

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É crescente o apelo à existência de uma vida virtual, esquecendo de viver a vida real. O que nos leva a refletir se tudo isso é apenas uma fuga do real. Estamos a todo instante afirmando que não há tempo para nada. No entanto, perdemos horas nas redes sociais. É adequado, portátil, adaptável, confortável.

Entramos num campo onde podemos ser o que quisermos. Uma espécie de jogo. As curtidas nos garantem a popularidade. Uma verdade maquiada. Cumprimentamos com “bom dia” um grupo de pessoas de uma determinada rede social, mas na rua, geralmente disfarçamos não ver o outro. A nossa definição de amizade foi deturpada. As palavras carregam significados e nomeamos “amigos” no Facebook, alguns nunca falaram com a gente. Amigo, do amigo de fulano de tal. Alguns sem foto ou com fotos de desenho animado. E tantas outras definições de “amigos” no Facebook.

E nos deparamos com uma hipervalorização da vida privada tornando-se pública. Um culto narcisista disseminado por blogs pessoais, Instagram, Vlogs, Facebook, Twitter. Sem a privação de uma vida real sem que esta esteja atrelada ao cultivo no espaço público. Não pode afirmar também que antes as pessoas eram mais felizes sem a internet. A internet precisa ser vista como um meio e não como um fim.

O contato com redes sociais atinge várias faixas-etária. É uma “Second Life” sendo diariamente cultivada. E se poderemos retornar ao que era antes.. Bem, isso já é pauta pra outra conversa.